Como recuperar a “Educação em Crise”?
Em
um ambiente de grandes transformações, conforme Pretto e Costa Pinto (2006), a
educação não pode se manter híbrida, estática, a parte de todos os movimentos
que ocorrem a sua volta.
Seja diante de transformações sociais,
econômicas, políticas, culturais, entre outras, a educação precisa buscar um
elo de adaptação às novas realidades.
O advento das sociedades em redes e, por
consequência, da enorme abrangência e acesso à internet suscitam a reflexão de
quem se preocupa com a desigualdade social, com a qualidade da educação e com a
democratização de oportunidades em uma sociedade como a brasileira, repleta de
desafios e barreiras sociais, raciais e religiosas, que muitas vezes parecem
intransponíveis.
As mudanças tecnológicas da comunicação e
sua interferência no processo educacional e na escola em si não podem ser
ignoradas. Novas formas de pensar e de agir são difundidas, novos
relacionamentos sociais são circunscritos. Qual é o papel da educação nesse
ambiente? Qual é a importância da educação na sociedade contemporânea?
A hipótese principal dessa reflexão é que
as novas possibilidades de comunicação influenciam a forma de interação da sociedade.
Nesta perspectiva, a caracterização da interação no ensino impõe ao docente o
desafio de desenvolver estratégias para estimular o conhecimento por meio de
sua experiência no mundo contemporâneo.
Sendo assim, os educadores que percebem o
espaço educacional se articular em diferentes dimensões, com diferentes
instrumentos, todos envolvidos pelo avanço tecnológico na informação e na comunicação,
não podem se manter “arcaicos” no que tange à adequação da educação a este novo
momento.
Por fim, de acordo com Pretto e Costa
Pinto (2006, p. 25), o que se sugere para o resgate da educação em crise é a
elaboração de “novas educações” que requer integração da educação e da cultura
e a compreensão de que a tecnologia precisa ser utilizada à serviço da
cidadania, pois se trata de mudanças de comportamentos e da possibilidade de
democratizar o acesso ao conhecimento e à informação, parafraseando GilbertoGil, ex-ministro da Cultura do Brasil.
Referências
Pretto, N. e Costa Pinto, C. Tecnologias e Novas Educações. Revista Brasileira de Educação, V. 11, nº 31, jan./abr. 2006. pp. 19-30.
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