sexta-feira, 3 de setembro de 2010

QUAL É O LIMITE DA AMBIÇÃO?

Ontem estreou um programa que prometia gerar uma certa tensão no telespectador como mais um reality do horário nobre. A história é a mesma, a receitinha que dá certo foi mantida, não há nenhuma inovação. Isso porque se trata de um grupo de participantes que disputam um prêmio de 500 mil reais.

O que me toca nessa história toda é que a ambição é a precursora de muitas ações humanas. Digo isso porque refleti sobre duas faces da ambição. Uma delas se refere às redes de televisão de canal aberto no Brasil. Esses veículos de comunicação poderiam investir muito mais no intelecto de seu telespectador, mas a ambição da audiência (que se diga de passagem, sem a qual não sobreviveriam) faz com que sejam pensados e apresentados programas corriqueiros e que acrescentam pouco ao crescimento intelectual. É dessa forma que assistimos de nosso sofá o melhor ser dado apenas a quem pode pagar, pois para aqueles que podem pagar assinatura de uma TV cara, tem acesso a uma programação riquíssima para todos os públicos, por outro lado, àqueles que não tem condições de fazê-lo assistem um grupo de pessoas expondo seu caráter em rede nacional em busca de um cachê mais voluptuoso um pouco.

A outra face da ambição que percebi foi em relação aos participantes. A questão não envolve apenas 500 mil reais, mas também a projeção que uma grande rede de televisão propicia. É. Todos querendo mostrar a melhor índole possível e é só mostrar que estão ameaçados e então começam a se estranhar.

O que achei terrível ontem foi a tal prova de eliminação. È pessoal, mais uma vez era necessário comer porcarias em rede nacional. Dessa vez era um coquetel de coisas nojentas, entre sangue, vermes, fígado cru, gordura e óleo, o tal do coquetel ainda era preparado com uma base igual para todos os participantes. É, fiquei curiosa para saber o conteúdo, acho que era alguma coisa para não deixar as pessoas passarem mal depois da inusitada ingestão.

O pior de tudo é que a ambição de cada um iria falar mais alto que o paladar. A apresentadora, em meio a caras e bocas de nojo, que ela caracterizava a todo o momento, ainda deixou bem claro: “Olha, se vomitar tem que vomitar dentro do copo e continuar bebendo!”, é triste mais é isso que a maioria do povo vê, infelizmente, isso nada constrói, ou melhor, desconstrói e destrói mais uma oportunidade de levar cultura as massas populares.

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