Como recuperar a “Educação em Crise”?


      Em um ambiente de grandes transformações, conforme Pretto e Costa Pinto (2006), a educação não pode se manter híbrida, estática, a parte de todos os movimentos que ocorrem a sua volta.

      Seja diante de transformações sociais, econômicas, políticas, culturais, entre outras, a educação precisa buscar um elo de adaptação às novas realidades.

      O advento das sociedades em redes e, por consequência, da enorme abrangência e acesso à internet suscitam a reflexão de quem se preocupa com a desigualdade social, com a qualidade da educação e com a democratização de oportunidades em uma sociedade como a brasileira, repleta de desafios e barreiras sociais, raciais e religiosas, que muitas vezes parecem intransponíveis.

      As mudanças tecnológicas da comunicação e sua interferência no processo educacional e na escola em si não podem ser ignoradas. Novas formas de pensar e de agir são difundidas, novos relacionamentos sociais são circunscritos. Qual é o papel da educação nesse ambiente? Qual é a importância da educação na sociedade contemporânea?

      A hipótese principal dessa reflexão é que as novas possibilidades de comunicação influenciam a forma de interação da sociedade. Nesta perspectiva, a caracterização da interação no ensino impõe ao docente o desafio de desenvolver estratégias para estimular o conhecimento por meio de sua experiência no mundo contemporâneo.

      Sendo assim, os educadores que percebem o espaço educacional se articular em diferentes dimensões, com diferentes instrumentos, todos envolvidos pelo avanço tecnológico na informação e na comunicação, não podem se manter “arcaicos” no que tange à adequação da educação a este novo momento.

      Por fim, de acordo com Pretto e Costa Pinto (2006, p. 25), o que se sugere para o resgate da educação em crise é a elaboração de “novas educações” que requer integração da educação e da cultura e a compreensão de que a tecnologia precisa ser utilizada à serviço da cidadania, pois se trata de mudanças de comportamentos e da possibilidade de democratizar o acesso ao conhecimento e à informação, parafraseando GilbertoGil, ex-ministro da Cultura do Brasil.
 
 
Referências
Pretto, N. e Costa Pinto, C. Tecnologias e Novas Educações. Revista Brasileira de Educação, V. 11, nº 31, jan./abr. 2006. pp. 19-30.
 
 
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Estudando a África






         Nos dias atuais, com os avanços nos parâmetros curriculares da educação brasileira, através da Lei11.645/08 que determina a inclusão das temáticas “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, assistimos a indicação da necessidade da inclusão de estudos sobre o continente africano desde a formação básica.

            Não há dúvidas quanto à relevância desse passo para a formação brasileira. Não é mais possível entender a África como um bloco, como o continente negro, como um território de mazelas. A África é um mosaico que reúne diversidades culturais, religiosas, étnicas e geográficas.

            É necessário desalienar esta visão do senso comum de que a África é um continente primitivo, atrasado. O etnocentrismo que influenciou estas visões do mundo é o responsável pela construção da imagem pejorativa do continente africano. A ignorância a cerca da diversidade africana reforça a noção equivocada que foi divulgada por séculos.

            A África reúne dentro de várias diversidades, diferentes processos históricos, sociais e políticos que precisam se tornar conhecidos. Com a chegada ou “invasão” européia, as experiências coloniais também foram marcadas pela diversidade.

            A desconstrução da imagem de um “maciço África” é urgente. Esta urgência pode ser retratada por todos os esforços já desempenhados pela produção histórica até os dias de hoje. O século XX foi marcado pelo desenvolvimento da História da África que no Brasil ganha espaços cada vez mais amplos nas escolas e universidades.

            Nesta perspectiva, as publicações também se expandiram em prol da transformação da visão deturpada do continente africano.

            Existem várias formas para desenvolver o estudo da África. Para um público infantil já estão no mercado gibis, historinhas em quadrinhos com personagens africanos, como aquela divulgada na exposição do ano de 2009, no Museu Afro Brasil em São Paulo, com trabalho de roteiristas e desenhistas de 16 países africanos.

            Os carnavais dos grêmios recreativos de escolas de samba muito podem contribuir para a transformação da visão simplista e reducionista da África. No Rio de Janeiro, diversos enredos de escolas de samba já mencionaram a África e fizeram de sua diversidade a inspiração que muitas vezes foram brindadas com o título de grande campeã do carnaval carioca. Nesta perspectiva, o carnaval tem plena condição de servir de veículo cultural para a construção do conhecimento, pois é multifacetário, com uma apresentação de impacto através da música pela qual o samba enredo permite o conhecimento temático, com os carros alegóricos que compõem a figuração histórica, assim como pelo desfile que promove um espetáculo de aproximadamente uma hora e vinte minutos de duração que permite a exploração de diversos elementos dentro da temática exposta.

            Algunns exemplos podem sinalizar a contribuição do carnaval dentro do pressuposto de inserção da História Afro-Brasileira no curriculo oficial da educação. A escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis já trabalhou enredos como os abaixo citados que serviriam de apoio à educação:

·        Ano de 1978 – “A criação do mundo na tradição Nagô” enredo no qual o carnavalesco Joãozinho 30 explora outras formas de explicar a criação do mundo que não se fundamente na mitologia grega ou na teoria da grande explosão do Big Bang, levando para o continente africano a responsabilidade de ser a origem do mundo com a criação dos macroelementos como água, ar, terra e fogo.

·        Ano de 1988 – “Sou negro, do Egito à Leberdade”.

·        Ano de 2001 – “A saga de Agotime, Maria Mineira Naê” enredo no qual a comissão de carnaval explora a violência do sequestro de negros pelos colonizadores com o fim de traficar escravos para as colônias do novo mundo.

·        Ano de 2007 – “Áfricas: do berço real à Corte Brasiliana”. Neste enredo, a escola apresenta a diáspora africana no Brasil e a pluralização de seu nome se remete à diversidade própria do continente africano.

            Outros exemplos similares foram os carnavais do ano de 1994 da escola de samba Acadêmicos do Grande Rio com o enredo “Os santos que a África não viu”, o carnaval de 2006 da escola Unidos do Porto da Pedra com o enredo desenvolvido por Milton Cunha de título “Preto e Branco a Cores” no qual o carnavalesco apresenta o triunfo de Nelson Mandela e toda sua batalha pelo fim do Apartheid na África do Sul, e por fim, o enredo desenvolvido pela escola Acadêmicos do Salgueiro em 2007, “Candaces” tratando de mulheres guerreiras africanas.


Texto fruto do trabalho da disciplina História da África.
Vivian Kosta
 

 

 

 

  

           

 

 

 
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Descanse em Paz, Grande Guerreiro!!!

Todo o povo brasileiro deveria e ainda merece conhecer a história da vida e da luta desse grande homem. Se você não o conhece ou nunca ouviu falar dele, faça uma breve pesquisa e descubra sua bravura. Ele é um dos heróis que ainda não está presente nos livros de história.

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O MÊS DAS NOIVAS


Você sabe o porquê que maio é considerado o mês das noivas?????



Ah, é porque todas preferem casar em maio!!!!!


Ah, é porque a temperatura é amena!!!!!!!


Nada disso. Segundo alguns historiadores, durante a Era Medieval, quando o banho de corpo inteiro e corpo nu era proibido pela igreja, as pessoas não costumavam tomar banho na Europa. Maio foi o mês escolhido para ser o mês das noivas, pois as dondocas só tomavam banho neste mês. Assim, era melhor casar enquanto ainda estavam limpinhas!!!!!!!!!


O bom disso tudo é que a festa devia ser agradável já que nesse mês os convidados também se banhavam para ir à festança!!!!!


Lembre-se a tradição da decoração com rosas e flores bem coloridas era para além de apresentar um ambiente adorável, ter também a contribuição do perfume natural.


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A RAINHA PARTIU, MAS SEU ESPETÁCULO NÃO SE ENCERRARÁ.

Sou muito fã do Cinema. Para mim é uma maravilha, encantadora e mágica que tem a capacidade de fazer o homem viajar e viver intrépidas situações em apenas um piscar de olhos!

Hoje o cinema perdeu uma jóia, como se observando o mar o mais caro e raro diamante escorregasse das mãos do observador desatento e encantado com as ondas, que por fim, sem reação e sem condição de reagir, sofre com o desaparecer da milionária pedra nas águas.


É, nós fãs de clássicos filmes sentimos a partida da Rainha Liz. Acabei de ler a noticia, escrevo ainda atônita. Por mais que soubesse que a morte tem um encontro marcado com todos nós, não queremos saber nem quando, nem onde. Por que será que a tendência é acreditar que os ícones artisticos são imortais?


Vá Rainha, linda, com seu olhar único e inesquecível. Desde já o cinema e os fãs agradecem, sua passagem não foi em vão. Saia de cena como se fosse apenas um intervalo, pois o seu show está registrado pela Sétima Arte.

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UM ANJO

Mais um anjo vai ao céu repentinamente. Tenho a impressão de que foi uma estada breve e precoce aqui na Terra. Todo o anjo chega aqui em forma de missão para homens e mulheres que serão tratados como pai e mãe.

O que me deixa triste, comovida e estarrecida é a freqüência em que esses anjos estão sendo ceifados. Indefesos, seguem até a morte sem mesmo percebê-la. Alguns são mortos por aqueles que lhe deram a vida, outros passam anos sem fim sofrendo maus tratos, ainda outros mais são abandonados nos esgotos ainda recém nascidos.

Esses anjos, puros e inocentes, crescem e nos fazem apaixonar, nos dão milhares de doses de alegria a todos os momentos, confiam nos seus adultos cuidadores e protetores como em super heróis.


Como mãe, sofro apenas por pensar na dor da mãe e da própria vítima, penso também em Deus. Sei que Ele nos criou para o melhor, foi tão generoso que nos muniu de livre-arbítrio, é tão bondoso que sempre nos resgata das lágrimas, é tão imenso que ainda deixou aqui para nos humanos e terrestres a esperança para recomeçar e continuar vivendo e resistindo a toda maldade que foi disseminada por aqui.

Tenho certeza que esses anjos estão lindos nesse momento, de mãos dadas com Deus Pai, em um maravilhoso jardim abençoado.

Este texto é um desabafo e foi postado em homenagem a vítimas como Isabella Nardoni, Joana Marins, o bebê das agulhas, a menina Crystal, a Lavínia e muitos outros.

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OS ANOS PASSAM PARA TODOS!!!!!!

Angelina Jolie
Como já afirmou Cazuza, O tempo não pára. Muitos de nós já sabem, mas para muitos também resta a dúvida: Será que o tempo passa para as celebridades também?

Minha resposta é sim. Porém podemos concordar que o tempo passa de forma diferente para quem pode fazer de tudo para retardá-lo um pouquinho! Em meio a essas questões um site publicou uma brincadeira que envelheceu algumas celebridades através do photoshop, aproveitei e trouxe aqui no Razão Ideal para que meu leitor também possa se divertir com isso. O título é celebridades hollywoodianas em 2040.

Não é nada mau brincar com os artistas em dia de Oscar.

Brad Pitt


Catherine Zeta Jones

Janet JAckson

Kirsten Dunrst

Paris Hilton








Cameron Diaz






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Águas Claras!

Sou daquelas pessoas que acham que a natureza é tudo. Não sou contra o progresso e muito menos contra ao conforto. Apenas acho que quando precisamos recarregar as energias positivas é na natureza que encontramos refúgio e restabelecimento. Tive a sorte de passar alguns dias em um lugar paradisíaco, Ilha Grande no Rio de Janeiro. Foi um sonho. Adorei. Por isso decidi postar o que pensei durante todos os dias ao encontrar as águas límpidas de todas aquelas praias.

Refleti sobre o porquê de toda a vida do planeta ter surgido na água. A água parece transmitir energia vital, nós somos em maioria água, a população se aloja onde há abundância de água, somos gerados em uma bolsa cheia de água. Acho que significa o quanto precisamos e sempre precisaremos da água.

Foi energizante, foi brilhante, a melhor das combinações foi o conjunto brisa, sol e mar. A ilha me ofereceu tudo isso generosa, uma ilha encantada. Senti-me primitiva, no melhor do sentido da palavra. Foi interessante explorar a floresta, foi interessante imaginar as exclamações proferidas pelos colonizadores ao alcançarem a ilha no primor das descobertas.

Foi bom me sentir solta e pouco civilizada, porém sempre cordial.

Linda ilha deliciosa, que muitas gerações possam passar por você e curtir todos os seus predicados!!!!!

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UM LUGAR PARA TRANSFORMAR

No mês de outubro estive neste lugar. Novidade, nenhuma. Já havia estado lá no ano de 1997, para dialogar, conhecer pessoas, reduzir diferenças. Foi divertido, mas não pude sentir o peso acadêmico desse lugar. Naquela época foi apenas uma excursão da faculdade de economia.

Ano de 2010, decidi entrar em um desafio, me candidatei e fui aceita por essa universidade.

Desde então não acreditei, ainda acho que sonho, mas sinto a concretização da verdade. Não imaginei que meu destino seria redirecionado. Justo quando me sentia enfraquecida, pouco capaz, pouco qualificada.

Para mim este lugar está funcionando como um portal divino, transformador, compensador. Aumenta a confiança, oxigena a cabeça, fortalece o coração.

Faço dessas palavras declaração de amor pela oportunidade que me foi cedida. Sinto-me em transformação, sinto-me germinar, renovar, reviver.

Acredito que todos nós precisemos de um lugar, seja uma casinha na árvore, um cantinho no quintal, um bosque ou a beira mar, não importa, o importante é encontrar o seu lugar, aquele capaz de te transformar.

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A MÃE FOI LANÇADA À FORCA


Não é mole não. Quanto mais assisto mais fico estupefata, porém indignada, com o comportamento de certos seres que se dizem humano! É meus amigos, isso se refere ao tal reality show que me propus a assistir como laboratório sociológico.


A guilhotina está armada e uma cabeça vai rolar com certeza, infelizmente, dentro de minha concepção nenhum dos três indicados mereciam estar na roleta russa que vai rolar amanhã.

A querida matrona drag chiq, ao perder a prova, ainda teve de ficar ouvindo piadinhas do bebezão, criado por ela mesma, de que se retornar para o seio da casa é capaz de retornar de cadeiras de rodas, tudo isso para depreciá-la. Ele se sente muito perfeito e muito bom, crê que é mais capaz e de fato como o stylist das estrelas mencionou na semana passada se configurou uma cobra para atacar a matrona.

Além do stylist outro concorrente já tem cama, ou melhor, rede cativa na casinha de sapê. O rapaz é de uma capacidade intelectual digna de ser apreciada. Sei que ele está ali arriscando tudo para ganhar os milhões, mas tem-se mantido integro e de uma forma que um homem deve se posicionar. Hoje, ele fez uma análise sobre misoginia que se revelou muito construtiva. Ele falou que é repugnante como a estratégia de jogo do grupo dos brutamontes crê na incapacidade feminina, dizendo o tempo todo que tem que eliminar a força como se o mundo fosse feito somente por ela enquanto a inteligência não prestasse para nada. O engraçado disso tudo é que eles nem imaginam que acabamos de eleger uma mulher para gerenciar o país.

Voltemos ao bebezão. O programa já começou com o bebezão fazendo as suas. A matrona passou-lhe a mão na cabeça, acalentou, protegeu, mas não deixou de por o dedo na cara e advertir “presta atenção que vou perder a paciência”. O bebezão fez biquinho, se fez de bonzinho, se misturou no povo. De repente, mais uma do bebezão. Agora ele arrumou uma amiguinha do mesmo berçário. Ainda pior, ousou fazer estratégias onde a ameaça à mãe ficou ainda mais medonha.

Com o fim de livrar o seu próprio traseiro largou a mãe com leões em sua cova, pois os adversários que hoje lhe fazem companhia já estiveram nessa situação e já retornaram o que pode significar um grau importante de posicionamento do público. A matrona defendeu demais a força de seu grupo e deixou de agir com a inteligência que tem, que a fez ser quem é.

Bem, vou continuar assistindo e sei que vou sentir qualquer uma das perdas, independente de que for eliminado, ma certeza eu tenho que se a matrona voltar ela vai esquentar o fogão e vai fazer ensopado de coelho.







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O POSSÍVEL DO IMPOSSÍVEL

Considero-me parte de uma geração muito privilegiada. Isto porque o que tenho tido o prazer de assistir no passar dos anos é inenarrável. Por um lado, já vi e ouvi muitas coisas ruins, mas para este post me reservo a apontar apenas as boas. Ainda criança, vi o cometa Halley que leva nada mais nada menos do que 76 anos para dar as caras, vi e sobrevivi a virada de um milênio (oportunidade única para um ser humano), assisti a um conclave (antes disso não sabia como era escolhido um Papa), vi um homem negro ascender ao principal posto de comando da nação norte-americana (O que será que os componentes da KKK estarão pensando?) e ontem tive a felicidade de aplaudir a eleição de uma mulher para o cargo de presidente da República Federativa do Brasil.

Hoje, em comentário com minha mãe, eu disse que só estava me faltando ver a cabeça do bacalhau e a perna de cobra e, ela me disse que quanto a cabeça do bacalhau eu teria de esperar, mas ver pernas de cobra é muito fácil é só passar limão na barriga da cobra que ela põe as perninhas para fora. Então pensei, mãe quero falar sério aqui, pois é impossível me fazer pegar a cobra quanto mais passar limão na barriga dela!!!!!!!

Piadas a parte, quero muito felicitar o Brasil pela escolha e que a Presidente eleita seja coerente com suas propostas e que possa melhorar muito as condições de vida de nosso povo, não nos decepcionando e trabalhando para valer.

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PREJUÍZO CULTURAL



Hoje em dia o Brasil vive o momento de um dos maiores prejuízos culturais que já puderam ser vistos em sua história. Sim. Alguns tiveram início em incidentes como incêndios ferozes que destruíram acervos completos e não deixou nenhuma esperança de restauração, outros recebem colaboração direta da população. Bem, é melhor que eu me explique.

Existem pessoas que querem entretenimento, diversão, lazer e, até mesmo, cultura. Quanto a isso, tudo bem, afinal tudo isso é um direito do cidadão. O problema começa quando os grandes empresários responsáveis pela reprodução de materiais precisam sobreviver em um país cuja cultura é colocada com luxo e para poucos e com uma rede tributária regressiva e ofensiva. O que podemos esperar de tal combinação com um citoplasma capitalista?

Daí surgem os preços impraticáveis, daí surge à seleção natural do direito de acesso a cultura. Sim senhores e senhoras, o difícil nessa história é encontrar inocentes. O espaço onde todos acreditam que ganhar e perder só tem sentido quando estamos falando em dinheiro.

É isso que está deteriorando a cultura no nosso país. Diante da dificuldade financeira imposta a maioria de consumidores de renda baixa e intermediária o jeitinho brasileiro se consolidou mais uma vez em realidade e é nessa grande teia que a pirataria no Brasil se emoldurou.

Do que adianta dizer que o povo é cretino e sem caráter por comprar produtos culturais pirateados se por outro lado não existe a boa vontade mercadológica em preparar preços adequados para esses consumidores?

Não seria mais adequado negociar isenções tributárias com o governo para que o acesso a cultura de qualidade fosse horizontalizado na sociedade?

O que tem que ser compreendido é que enquanto não se encontra solução para que produtos originais sejam mais consumidos, o mercado paralelo avança, o tumor aumenta, a fúria é incontrolável. Todos que querem buscam o produto que podem pagar, não há discussão sobre a qualidade e nem sobre a mazela que esta prática tem causado em nossa cultura.

Todos nós deveríamos ter acesso a números como a estatística que revela o quanto de postos de emprego se perderam por conta da redução da atividade cultural. Os empresários culpam os impostos e dizem que produzir no Brasil é caro, por outro lado, sabemos que o Brasil tem um mercado consumidor monstruoso para ser explorado desde que se façam os preços mais populares possíveis.

Vamos refletir, pois um dia quando dermos conta do nosso prejuízo cultural, talvez não sejamos capazes de cobri-lo. Enquanto isso, se você tem o hábito de comprar ou já comprou pelo menos um DVD ou CD pirata, se pergunte qual foi a sua principal razão, se foi preço, qualidade, facilidade, o que foi que favoreceu sua escolha?

Agora pense, qual seria o preço capaz de te convencer a comprar o original, o preço que você aceitaria pagar pelo original. Depois reflita mais um pouco e verá que não está tão distante assim. O que falta no nosso país é uma consciência social de coletivo, é entender que uma decisão minha pode prejudicar uma outra pessoa e assim por diante.

Tenho certeza que todos nós, a brava gente brasileira, preferiríamos pagar pelo produto original que gera empregos e aquece a economia do que pagar pelo produto marginal desqualificado. Infelizmente, nos dias de hoje, somos roubados duas vezes, ou seja, das duas maneiras, se compro pirata fomento o crime organizado, se compro original pago um preço exorbitante que mais parece um assalto e, se fico sem comprar sou alijado do acesso a cultura que é um direito meu.

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O PREÇO DE SER CORRETO

Hoje a minha pauta é sobre o caráter do ser humano. Sei que a questão em que envolve o reconhecimento de um caráter como correto ou incorreto está imersa em percepções sociológicas e até filosóficas do coletivo em que o indivíduo está inserido.

Despertei para esta temática ao acompanhar um jogo que pretende mostrar a realidade das pessoas e seu respectivo relacionamento. De fato acredito que este tipo de programa foi criado nos states por uma causa muito maior do que a simples audiência, mas porque expõe conflitos de personalidade.

Nesse sentido, como tudo será compreendido pelo público depende da cultura de relacionamento da realidade desse público. Não tenho conhecimento se existe alguma pesquisa com resultados disponíveis sobre qual é o verdadeiro público dos realities shows televisivos, mas creio que seja um público constituído em sua maioria por mulheres entre 15 e 49 anos, em sua maioria, solteiras.

Penso assim pelos moldes dos votos dos candidatos que estão na berlinda e pela conseqüente eliminação que ocorre. Não é possível que essa cultura de relacionamento permissivo seja tão representativa da massa! A primeira eliminada foi uma mulher de 54 anos que se negou a ser tratada como um soldado fora de combate e não aceitou a criancisse de um homem, que pela idade que tem já deveria honrar uma série de responsabilidades, a segunda eliminada foi uma mulher jovem que negava expor seu belo corpo de forma vulgar e portava uma personalidade forte mesmo nascendo de uma camada social mais baixa e, o terceiro eliminado foi um homem com ideais sólidos, digno de ser conhecido como um herói pela coerência de sentimento e, principalmente porque deseja o bem coletivo.

Com base no que tenho assistido, o público votante parece apoiar práticas de grupo de extermínio que covardemente bombardeia um elemento sem ao menos ter justificativas coerentes. O tempo que tenho livre em casa é muito precioso e já o estou desperdiçando, pois tudo está soando a molecagem. Acredito que os candidatos armaram esquemas de voto, fora da casa e até mesmo antes de entrarem, caso fossem escolhidos para a berlinda, afinal os milhões em jogo farão felizes gregos e troianos.

As pessoas precisam saber aceitar o direito do outro de dizer não e fazê-lo a sua maneira. O não nem sempre é ruim, ser mau não pode ser definido pelo não que a pessoa profere, a maldade é algo muito ruim e muitas vezes é praticada quando a pessoa está sorrindo.

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Um exemplo bem brasileiro!


Sabe o que acho que faz o Brasil ser um dos melhores países para viver?



As pessoas que aqui vivem. Não importa se são nativos ou não, o que interessa é que as pessoas que povoam um país fazem toda a diferença. Esse é o caso do Brasil. Somos nós, os habitantes, que fazemos desse lugar, um lugar especial.



Culturalmente, o Brasil é um mosaico muito colorido e com várias influências. Ritmicamente, confesso que não sei dizer quantos ritmos existem em nossa música, tudo é muito amplo, tudo é muito vasto, tudo é imenso.



Você já parou para se perguntar qual é o estereótipo do brasileiro? É impossível de demarcar a pluralidade das características físicas do nosso povo.



Então me pergunto: por que haveria o Brasil de ser um país de uma única religião?



É de se esperar que, religiosamente, o país também tivesse uma manifestação plural de credos, rituais e preceitos. É mais uma característica brasileira que é muito especial ao compararmos com outros países de nosso mundo, a diversidade religiosa.



Portanto, você brasileiro nato ou “adotado”, vamos continuar mostrando para o mundo como se deve respeitar uns aos outros e suas respectivas verdades. Religião é igual a gosto pessoal, não se discute se respeita. Vamos contagiar o mundo com essa questão, pois enquanto no século XXI ainda assistimos pessoas sendo mortas e matando por intolerância religiosa, o Brasil dá um exemplo magnífico e chama a todos para se reunirem para a III Caminhada em defesa da liberdade religiosa.







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UM LUGAR PARA RELAXAR


Foto de Vivian Kosta
Quem é que não quer ir a um lugar para relaxar?

Um lugar onde você possa esquecer as coisas

que colocam tensão mal vinda na sua vida.

Simplesmente um lugar...

Basta ter céu e chão, todo o resto é relativo.

Que faça sol se este for um bem para mim

Que chova, caso eu tenha sede de chuva.



O tempo que eu preciso ficar nesse refúgio?

Não sei dizer, só sei que só surtirá efeito

Se eu ficar tempo suficiente.

Poderá durar segundos, minutos, horas,

Dias, semanas, meses, anos, décadas...

Sei que séculos não durará.



Sozinho ou acompanhado

Ás vezes é melhor ficar com o pensamento apenas

Outras, uma companhia física pode fazer a diferença

Creio que todos deveriam ter o direito de ter

Livre acesso a um lugar para relaxar,

um lugar terapêutico,

Um lugar curativo,

Um lugar que zera a equação,

Um lugar que resolve seus problemas, natural

Que te faça sentir sua essência humana

Que te faça entender que você faz parte do mundo.

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QUAL É O LIMITE DA AMBIÇÃO?

Ontem estreou um programa que prometia gerar uma certa tensão no telespectador como mais um reality do horário nobre. A história é a mesma, a receitinha que dá certo foi mantida, não há nenhuma inovação. Isso porque se trata de um grupo de participantes que disputam um prêmio de 500 mil reais.

O que me toca nessa história toda é que a ambição é a precursora de muitas ações humanas. Digo isso porque refleti sobre duas faces da ambição. Uma delas se refere às redes de televisão de canal aberto no Brasil. Esses veículos de comunicação poderiam investir muito mais no intelecto de seu telespectador, mas a ambição da audiência (que se diga de passagem, sem a qual não sobreviveriam) faz com que sejam pensados e apresentados programas corriqueiros e que acrescentam pouco ao crescimento intelectual. É dessa forma que assistimos de nosso sofá o melhor ser dado apenas a quem pode pagar, pois para aqueles que podem pagar assinatura de uma TV cara, tem acesso a uma programação riquíssima para todos os públicos, por outro lado, àqueles que não tem condições de fazê-lo assistem um grupo de pessoas expondo seu caráter em rede nacional em busca de um cachê mais voluptuoso um pouco.

A outra face da ambição que percebi foi em relação aos participantes. A questão não envolve apenas 500 mil reais, mas também a projeção que uma grande rede de televisão propicia. É. Todos querendo mostrar a melhor índole possível e é só mostrar que estão ameaçados e então começam a se estranhar.

O que achei terrível ontem foi a tal prova de eliminação. È pessoal, mais uma vez era necessário comer porcarias em rede nacional. Dessa vez era um coquetel de coisas nojentas, entre sangue, vermes, fígado cru, gordura e óleo, o tal do coquetel ainda era preparado com uma base igual para todos os participantes. É, fiquei curiosa para saber o conteúdo, acho que era alguma coisa para não deixar as pessoas passarem mal depois da inusitada ingestão.

O pior de tudo é que a ambição de cada um iria falar mais alto que o paladar. A apresentadora, em meio a caras e bocas de nojo, que ela caracterizava a todo o momento, ainda deixou bem claro: “Olha, se vomitar tem que vomitar dentro do copo e continuar bebendo!”, é triste mais é isso que a maioria do povo vê, infelizmente, isso nada constrói, ou melhor, desconstrói e destrói mais uma oportunidade de levar cultura as massas populares.

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